Eleição 2014

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17/02/2012

Vereador agride e ameaça mulher

Parlamentar teria dado socos no rosto da vítima e tentado enforcá-la na frente dos filhos do casal; PM foi acionada pela filha
LUCAS SIMÕES
falesuper@supernoticia.com.br


Na delegacia, vereador de Ibirité disse apenas que estava "de cabeça quente"

Depois de espancar a própria mulher e ameaçá-la de morte na frente dos dois filhos, o vereador Cláudio Roberto da Silva (PP), de 39 anos, foi detido na Delegacia Regional de Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte, na manhã de ontem. O parlamentar, que foi o mais votado da cidade em 2005, estaria agredindo a dona de casa Vanicélia dos Santos Reis, de 42, há vários meses e teria dito a ela que "nada iria acontecer, porque ele era um homem público".
A polícia foi acionada por volta das 9h pela filha de 17 anos do casal. Segundo o cabo Emerson França, do 48º Batalhão de Polícia Militar, o vereador discutiu com sua mulher em casa, no bairro Alvorada, por ciúmes e conflitos conjugais. Durante a briga, ele teria quebrado vários objetos da casa e agredido a mulher com dois socos no rosto, antes de tentar enforcá-la. "Ele a jogou em cima da cama e tentou asfixiá-la, aí o filho mais novo, de 8 anos, fugiu para a casa de vizinhos, e a irmã acionou a PM", disse.
Ainda segundo a polícia, Vanicélia revidou as agressões com um pedaço de pau. A mulher teve hematomas no pescoço e um corte no lábio. O vereador sofreu um corte superficial no supercílio. Na delegacia, o parlamentar se limitou a dizer que estava "de cabeça quente". Os dois passaram por exame de corpo delito, que confirmou as agressões.
Fiança
Após prestar depoimento na 4ª Delegacia de Ibirité, o vereador Cláudio da Silva pagou fiança no valor de R$ 1.866 e foi liberado.
Suspeito de intimidar a vítima
Como se não bastasse ameaçar e agredir a própria mulher, com quem é casado há 18 anos, o vereador Cláudio da Silva ainda tentou usar seu cargo político para intimidar a companheira. Segundo o boletim de ocorrência (BO), o parlamentar disse à mulher que iria "acabar com a vida dela, esconder o corpo no dia seguinte e nada iria acontecer, porque ele era um homem público".
À polícia, o vereador disse que a mulher não queria aceitar uma separação e esse seria o motivo das divergências entre os dois.
Conforme o delegado Jefferson Botelho, chefe do 2º Departamento de Investigação, Vanicélia dos Santos Reis descreve o marido como um homem bastante violento. "Ela disse que não tinha denunciado ele ainda por medo do que poderia acontecer", disse o delegado. (LS)

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