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18/02/2012

Bola sente dores no peito

Detento foi socorrido às pressas, mas médica descartou infarto; mal-estar foi relacionado a estresse, problemas gástricos ou asma
LUCAS SIMÕES


Ex-policial ficou na Unidade de Atendimento Imediato de Betim por mais de 6 horas
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de envolvimento no desaparecimento e morte de Eliza Samudio, precisou ser atendido às pressas em um posto de saúde, após uma suspeita de infarto dentro da Penitenciária Professor Jason Soares Albergária, em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte, durante a madrugada de ontem. Bola sentiu fortes dores no peito e foi atendido na Unidade de Atendimento Imediato (UAI) Sete de Setembro, em Betim, também na região metropolitana.
Segundo a cardiologista Marília dos Anjos Antonieta, o ex-policial realizou exames de sangue e um eletrocardiograma, que constataram uma concentração de troponina - substância que mede o estresse no sangue - com nível de 0,32 mg/l, sendo que o considerado normal é de até 0,6 mg/l. Apesar disso, a médica descartou a hipótese de um infarto. Segundo ela, as dores que o ex-policial sentiu podem estar relacionadas a uma irritação gástrica, estresse ou algum problema relativo à crise asmática que ele sofre - já que Bola pratica exercícios físicos regularmente na penitenciária e isso poderia causar dores musculares e alteração em seu quadro respiratório.
O caso
O réu foi medicado e ficou sob observação até as 10h30, quando foi escoltado de volta ao presídio com quadro de saúde estável.

Pedido de exames
O advogado de Bola, Zanone Manuel de Oliveira Junior, afirmou que vai entrar, na próxima semana, com um pedido na Justiça para que seu cliente seja autorizado a realizar uma bateria de exames. Segundo Oliveira, Bola se queixa de dores no peito desde março do ano passado, quando ainda estava na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana da capital. (LS)

De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), o réu se queixou das dores por volta de 1h, quando foi encaminhado para o hospital. Ele deu entrada na unidade de saúde às 4h e foi atendido por um clínico geral e uma cardiologista. Conforme o gerente da unidade de saúde, Alexsander Rodrigo Machado, três pacientes precisaram ser transferidos para outros leitos para que o réu pudesse ocupar uma sala de emergência. Bola ficou sob escolta policial o tempo todo.

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