Eleição 2014

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16/04/2013

Atualizado em 16/04/2013 16h44 Eventual elevação dos juros será em 'patamar bem menor', afirma Dilma

Segundo presidente, taxa de juros real atualmente é 'bem baixa'.
Copom anuncia nesta quarta se taxa Selic vai subir.para conter inflação.

Do G1, em Brasília, e do G1 MG

A presidente Dilma Rousseff afirmou, nesta terça-feira (16), em Belo Horizonte, que, se houver necessidade de se elevar os juros para combater a alta da inflação, isso será feito em um "patamar bem menor" porque, segundo ela, hoje o Brasil tem uma "taxa de juros real bem baixa".


Nesta quarta (17), o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) vai anunciar se manterá a taxa básica de juros, a Selic, em 7,25% ou se vai alterar esse percentual. O aumento da taxa é um instrumento normalmente empregado pelo Copom quando é preciso conter a inflação. 
Nos últimos 12 meses, a taxa de inflação atingiu 6,59%, acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central, que é de 6,5%. A última vez em que o índice superou o teto da meta foi em dezembro de 2011, quando atingiu 6,64%.
Segundo afirmou a presidente, o Brasil tem atualmente uma taxa de juros "bem baixa" e "jamais", disse, os juros voltarão a níveis de 12% ou 15%.
Presidente Dilma Rousseff participou de evento em Minas Gerais ao lado do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e do governador Antônio Anastasia  (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR) 
Dilma ao lado do ministro da Saúde, Alexandre
Padilha (esq.), e do governador Antônio Anastasia
(Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
“Mantivemos a capacidade de buscar um maior equilíbrio entre as variáveis macroeconômicas, que é mudar o patamar de juros no Brasil. Nós jamais voltaremos a ter aqueles juros em que qualquer necessidade de mexida elevava os juros para 15% porque estava em 12% a taxa de juros real. Hoje, nós temos uma taxa de juros real bem baixa. Qualquer necessidade para combater a inflação será possível fazer 

em patamar bem menor”, disse Dilma, ao participar de evento para anúncio da retomada da produção de insulina no Brasil.
Para Dilma, não há problema em "atacar a inflação sistematicamente" porque o objetivo é manter o país economicamente "estável".
“Quero adentrar pela questão da inflação e dizer a vocês que a inflação foi uma conquista desses dez últimos anos do governo do presidente Lula e do meu governo. Que nós não negociaremos com a inflação. Nós não teremos o menor problema em atacá-la sistematicamente. Queremos que esse país se mantenha estável. A inflação corrói o tecido social, corrói para o trabalhador a renda, corrói para o empresário seu lucro legítimo. Isso não podemos mais deixar voltar ao Brasil”, afirmou Dilma.

Em evento do PT nesta segunda (15) Dilma já tinha abordado o tema e afirmado que a inflação está "sob controle".
No discurso desta terça-feira ela ainda rebateu o que chamou de discurso pessimista e disse que não há "a menor hipótese de o Brasil não crescer neste ano".
“Acredito que tem uma parte dessa história que vocês escutam que é um pessimismo especializado. É um pessimismo de plantão. Um pessimismo que nunca olha o que já conquistamos e a situação que estamos. Sempre já achando que a catástrofe é amanhã. Achando que esse processo é um processo que tem sinalizações indevidas. Eu queria dizer para vocês que não há menor hipótese de o Brasil este ano não crescer. Eu estou otimista com o Brasil. Eu tenho certeza que nós vamos colher aquilo que plantamos e plantamos muitas sementes e hoje aqui acabamos de plantar mais uma”, completou.
Inflação em alta e juros
Na semana passada, o IBGE divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, usada como base para as metas do governo, apresentou variação de 0,47% março – taxa inferior à registrada no mês anterior, de 0,60%.
No acumulado dos últimos 12 meses, porém, a taxa de inflação é de 6,59%, acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central, que é de 6,5%. A última vez que o índice superou o teto da meta foi em dezembro de 2011, quando atingiu 6,64%.

Com a pressão inflacionária, alguns analistas acreditam que o Banco Central possa aumentar a taxa de juros, hoje em 7,25%, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que termina nesta quarta.
Na última sexta, o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que "não haverá tolerância com a inflação", levando parte do mercado a acreditar que a Selic será elevada.
No mesmo dia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo poderá tomar medidas "consideradas não populares, como a elevação da taxa de juros" para conter a alta de preços.

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