Três suspeitos de agressões e ameaças foram detidos no domingo (14).
Suspeito de bater em morador de rua foi agredido em presídio.

Suspeitos foram apresentados nesta terça-feira (Foto: Sara Antunes / G1 MG)
A Polícia Civil investiga as ações de um grupo skinhead suspeito de agressões e ameaças a negros e homossexuais em Belo Horizonte.
Três homens foram presos suspeitos de envolvimento em crimes de racismo
na internet e apresentados nesta terça-feira (16) na capital mineira.
Antônio Donato Baudson Peret, de 25, foi detido em Americana (SP) no
domingo (14). Ele é suspeito de ter agredido um morador de rua e
divulgado a foto do crime em uma rede social. Marcus Vinícius Garcia
Cunha, de 26 anos, e João Matheus Vetter de Moura, de 20, foram presos
em Belo Horizonte no mesmo dia.
De acordo com a delegada Paloma Boson, Peret foi agredido por outros presos antes de deixar o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) São Cristóvão na manhã desta terça, na capital. A Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) confirmou que o detento recebeu um soco.

Materiais apreendidos na casa de dois suspeitos
(Foto: Sara Antunes / G1 MG)
(Foto: Sara Antunes / G1 MG)
De acordo com a delegada, a investigação, que é sobre crime
cibernético, foi motivada pela foto da agressão ao morador de rua. Os
policiais analisaram a postagem e outras de teor semelhante no perfil do
suspeito e de conhecidos dele em uma rede social. A apuração policial
também levou a inúmeros boletins de ocorrência envolvendo o trio e
outros. Apesar dos registros de agressões e ameaças contra hippies,
homossexuais, moradores de rua, negros, eles não têm antecedentes
criminais. Os casos são investigados por mais delegacias.
Ainda segundo Paloma, os comentários de teor preconceituoso trocados pelos três na rede social são indícios de associação. Em várias postagens, há referências não só ao nazismo como também ofensas a negros. É o caso de uma imagem na qual um bebê branco está ao lado de um macaco e, ironicamente, a legenda afirma em inglês “Pare o racismo. Crianças brancas e negras são iguais”. Em outra, uma ameaça: “A cada gracinha virtual, será cobrado na vida real”.
Postagens de suásticas e saudações nazistas também foram anexadas ao
inquérito. Uma criança, filho de um dos suspeitos, aparece em duas
fotos. A polícia vai investigar se houve o crime de corrupção de
menores.Ainda segundo Paloma, os comentários de teor preconceituoso trocados pelos três na rede social são indícios de associação. Em várias postagens, há referências não só ao nazismo como também ofensas a negros. É o caso de uma imagem na qual um bebê branco está ao lado de um macaco e, ironicamente, a legenda afirma em inglês “Pare o racismo. Crianças brancas e negras são iguais”. Em outra, uma ameaça: “A cada gracinha virtual, será cobrado na vida real”.
Dos três suspeitos, apenas Marcus Cunha falou na apresentação. Ele negou participar de tribos ou grupos, e declarou ser “patriota, nada mais”. Ainda afirmou respeitar negros e homossexuais e ter um bom relacionamento com eles. Ao entrar na delegacia, antes de ser apresentado, ele cumprimentou os policiais.
Antônio Peret e João Vetter estão presos preventivamente. Logo, devem permanecer detidos até decisão da Justiça. O mandado de prisão de Marcus Cunha prevê detenção temporária: mínimo de 30 dias e máximo de 60.
Os três estão detidos Ceresp São Cristóvão. Pelos crimes cibernéticos, eles podem ficar presos de dois a cinco anos. Na casa de dois deles, foram aprendidas fardas, facas, soco inglês e uma biografia de Hitler.
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