Eleição 2014

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01/06/2013

Transferir renda por meio de “bolsas” é estratégia eleitoral, mas atende carências, dizem especialistas

Programas como Bolsa Família, Bolsa Creche e até Bolsa Estupro se multiplicam pelo País 
Do R7*
Em maio, boato sobre o fim do Bolsa Família provocou corrida às agências da Caixa e gerou empurra-empurra entre os beneficiários Tânia Rêgo/20.05.2013/ABr
O governo federal fez escola com os programas de transferência de renda, conhecidos como “bolsas”. Recentemente, os governos estaduais adotaram a fórmula e passaram a apostar nas mais diversas formas de repasse de recursos à população carente.


Programas como Bolsa Família, Bolsa Creche, Bolsa Crack e até Bolsa Estupro — alguns em funcionamento, outros na fase de elaboração — são estimulados pelo baixo custo e facilidade de implantação, de acordo com a avaliação da professora de ciências sociais da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Cristina Andrews. 
Ela lembra que para repassar subsídios financeiros para a população só é preciso um cadastro, um cartão e uma rede bancária para fazer a transferência.
— Não é para menos que eles estão pipocando por aí.
Mas Cristina pondera que todas essas inciativas foram criadas em resposta a demandas sociais. Segundo ela, mesmo não resolvendo os problemas estruturais da sociedade brasileira, esses programas se configuram como "alternativas”.
— A questão da distribuição de renda é uma questão complexa, mas que, de certa forma, esses programas “bolsa isso”, “bolsa aquilo”, estão respondendo a uma demanda.
De olho nas urnas?
O especialista em marketing politico da ESPM Emmanuel Publio Dias ressalta que o nome "bolsa" é uma criação publicitária “para pegar na boca do povo”. Não é a toa que o Bolsa Família virou a grande marca do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dias acredita, no entanto, que esse modelo está chegando ao seu limite e que a criação de "bolsas" não é suficiente para fazer com que o político ganhe uma eleição.
— Nenhum fato político é suficiente para determinar o sucesso ou fracasso de uma campanha. Não adianta o sujeito criar uma bolsa maravilhosa e ser um canalha.
* Colaborou Giorgia Cavicchioli, estagiária do R7.

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