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08/10/2011

Professora ´surta´ e puxa faca em sala

Alunos teriam dito que queriam ser bandidos "para matar e beber o sangue das pessoas"; servidora se revoltou


Publicado no Super Notícia em 08/10/2011
 246810.CLÁUDIA GIÚZA

Uma professora de filosofia de 25 anos teve uma crise nervosa e precisou ser retirada da sala de aula após pegar uma faca em reação ao comportamento dos alunos da Escola Estadual Maria Elias de Carvalho, no bairro Jardim Riacho, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

O fato ocorreu, na manhã de anteontem, quando a educadora pediu para que alunos do primeiro ano do ensino médio fizessem uma redação descrevendo como eles se imaginavam daqui a cinco anos. Segundo a diretora da escola, Juliana Alves de Araújo, os estudantes teriam dito que "gostariam de ser bandidos para matar pessoas e beber o sangue delas".

A diretora afirma que, diante da situação, a professora ficou transtornada, foi até a cantina e pediu uma faca para uma colega. A professora teria voltado à sala de aula e, segurando a faca, questionou os estudantes se realmente eles queriam ser criminosos no futuro. "Rapidamente, eu fui acionada, tomei a faca da mão dela e a levei para a diretoria. Ela estava transtornada e teve uma crise de risos quando foi perguntada sobre a situação", explicou.

A diretora chamou a polícia para registrar um boletim de ocorrência e levou a docente para o Hospital Espírita André Luiz, em Belo Horizonte, para receber atendimento psiquiátrico.

Essa é a segunda crise emocional da servidora, somente neste ano. Segundo a vice-diretora, Fernanda Figueiredo, há cerca de cinco meses, a professora foi afastada do trabalho para tratar de problemas psiquiátricos. Ela estaria passando novamente por um tratamento médico, mas teria omitido a situação dos colegas de trabalho. "Aparentemente, ela estava normal. Deve ter escondido que estava doente porque é designada, e, quando esse tipo de profissional tira licença médica, eles caem no INSS e recebem salário mínimo", explica a vice-diretora.

A funcionária está há cinco anos na escola e, segundo a direção, é uma professora dedicada e que tem um ótimo relacionamento com os alunos e colegas de trabalho.

Investigação

Conforme a secretária de Educação, Ana Lúcia Gazzola, o Estado está apurando os fatos e vai aguardar o laudo médico. A secretária ratificou que a servidora é uma ótima profissional, mas, caso ela não tenha condições clínicas para trabalhar, pode ser retirada da função. "Vamos proteger a profissional e os alunos", argumentou..

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