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27/08/2013

- Atualizado em 27/08/2013 13h39 Desabamento de loja em construção em SP deixa mortos e feridos

Até 12h, sete mortes foram confirmadas; 24 pessoas ficaram feridas.
Bombeiros usaram cães farejadores para buscar sobreviventes.

Do G1 São Paulo

Pelo menos sete pessoas morreram no desabamento de um prédio na manhã desta terça-feira (27) na região de São Mateus, na Zona Leste de São Paulo. A informação foi confirmada às 12h pelos Bombeiros. No horário, três corpos já tinham sido retirados.
O desabamento total do imóvel de dois pavimentos aconteceu por volta das 8h30, na Avenida Mateo Bei, próximo à Avenida Maria Cursi. A estimativa é que cerca de 35 pessoas estivessem na obra de construção de uma loja da rede Torra Torra no momento do acidente - a maioria delas operários. Segundo a Subprefeitura de São Mateus, antes do início da obra, um posto de gasolina funcionava no local.
Até as 13h, pelo menos 24 pessoas foram socorridas - a maioria com ferimentos de intensidade leve e moderada. De acordo com os bombeiros, os mortos estavam nos fundos do imóvel, enquanto a maioria dos sobreviventes estava no meio da construção, onde se formou um bolsão que permitiu que houvesse sobreviventes.


Nesta área da construção foi resgatada um ferido que manteve contato com os bombeiros por celular. As pernas do operário ficaram presas nos escombros.
Desabamento em São Mateus (Foto: Arte/G1)
Futura loja popular
Em nota, o Magazine Torra Torra informou que o imóvel não era de propriedade da rede. Segundo a empresa, havia um contrato de locação do prédio e a rede só assumiria o imóvel após finalizadas as obras estruturais pelo proprietário, a Jamf Empreendimentos Agrícolas Ltda, que não comentou o caso até as 12h20.

"O Magazine Torra Torra não tem nenhuma responsabilidade sobre a parte de engenharia civil. No momento, uma empresa de engenharia contratada pelo Magazine Torra Torra realizava uma avaliação sobre as condições de uso do prédio. Caso esse laudo técnico fosse positivo, atestando a segurança estrutural, a rede então faria o acabamento para abrigar mais uma unidade.  Ressalte-se que o Torra Torra somente entraria com a loja no local com esse aval técnico. Este é um cuidado que o Magazine Torra Torra toma em todas as lojas da rede, devidamente avaliadas quanto à segurança estrutural, de acordo com engenheiros, 

para receber nossos empreendimentos", informa o texto.
Casas e pelo menos três carros que estavam nas ruas em volta do prédio foram atingidos pelo concreto que cedeu. No horário, 23 carros dos bombeiros, 69 homens, dois helicópteros e quatro cães de salvamento trabalhavam no resgate das vítimas.
Interdição
 

Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a Avenida Mateo Bei estava interditada em ambos os sentidos na altura do número 2.221, desde as 9h15. A CET recomenda aos motoristas que evitem trafegar pela região.

De acordo com Palumbo, a obra começou há três meses - a laje tem cerca de 400 metros quadrados. "Há indícios de que alguma coisa não andou bem”, disse Palumbo em entrevista à GloboNews. Segundo ele, houve um “colapso estrutural de uma laje”, abalando a estrutura do prédio.
"Agora é um trabalho demorado, de muita cautela, porque, para fazer a retirada das vítimas que estão debaixo dos escombros, a gente precisa de muita técnica e muita paciência", explicou o capitão. Ele considera o trabalho "bem crítico".
mapa
  • Avenida Mateo Bei, 2.300
Os bombeiros orientam os familiares de operários da obra que se dirijam ao centro de operação montado no local para obter informações oficiais sobre as vítimas resgatadas no acidente.
A obra deverá passar por perícia da Polícia Técnico-Científica para apurar as causas do desabamento. Segundo o major Anderson Lima, dos bombeiros, nenhuma das vítimas resgatadas relatou ter ouvido uma explosão ou cheiro de gás natural. Elas afirmam que houve um colapso estrutural.

Segundo o capitão Marcos Palumbo, não há evidências de uma explosão, já que não há cheiro de combustível no local do acidente. “Há indícios de um colapso estrutural”, disse Palumbo.
Imóveis afetados
 
Por volta das 12h, a Defesa Civil já havia iniciado o isolamento da área no entorno do desabamento para avaliação de danos causados a imóveis vizinhos. Quatro famílias tiveram de deixar suas casas para o trabalho de vistoria dos agentes. Segundo o órgão, quatro imóveis residenciais e dois comerciais foram interditados.
Equipes da Congás, da Eletropaulo e da Sabesp davam suporte a toda a operação no local do acidente. O fornecimento de energia elétrica foi interrompido na região.
 
Segundo o delegado seccional Antônio Mestre Júnior, o 49º Distrito Policial, de São Mateus, instaurou inquérito para apurar as eventuais causas e responsabilidades pelo desabamento. "É preciso saber se o desabamento que deixou mortos e feridos foi acidente ou foi causado por falha humana", disse o delegado. As causas deverão ser apontadas pela perícia da Polícia Técnico-Científica.

A investigação deverá ouvir depoimentos de sobreviventes e de pessoas ligadas à obra. O inquérito será presidido pelo delegado Luiz Carlos Unzelin, que foi ao local do desabamento.
Ônibus e desvios
 
Na área interditada circulam 22 linhas de ônibus e duas de trólebus, segundo a São Paulo Transporte (SPTrans). Os coletivos realizam desvios por vias próximas para atender os usuários. O trajeto realizado pelo trólebus, que não podem ser desviados, era feito por ônibus convencionais por volta das 9h30.

Os veículos que trafegam pela Avenida Mateo Bei, sentido Centro, são desviados pela Avenida Maria Corisa, Rua Ângelo de Candia e Rua Paulínio Corsi. No sentido bairro, o desvio é feito pela Rua Paulínio Corsi, Rua João Gouveia Francisco, Avenida Maria Corsi, regressando à Avenida Mateo Bei.

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