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06/05/2012

Missionária abriu mão de casamento para ser mãe de centenas de crianças

Com a irmã, Amália Pasin fundou 25 creches em Minas Gerais e em Goiás.
Segundo ela, a geração natural daria apenas a chande de cuidar de poucas.

- Atualizado em 06/05/2012 16h21
Mariaurea Machado Do G1 Triângulo Mineiro
Amália Pasin (Foto: Mariaurea Machado)
                                            Amália Pasin, fundou creches
                                                   comunitárias

                                       Foto: Mariaurea Machado/G1
  Em 1983 Amália Pasin saiu da Itália com a irmã com a missão de ter algum serviço voluntário. Mas antes de partir, ela recusou o pedido de um jovem que, por insistentes quatro anos a pedia em casamento, e seguiu para o Brasil. Ela acreditava que se aceitasse o pedido ficaria limitada a ser mãe de poucas crianças. E ela queria mais, ser mãe de muitas. “Acredito que a geração natural pode conceber à luz a no máximo de dez crianças, e meu desejo é cuidar de centenas delas”, disse Pasin ao G1.
Diante do desejo, com a ajuda da irmã ela fundou 25 creches comunitárias em 13 ciades. Em dMinas as creches estão em Patos de Minas, Monte Carmelo, Uberlândia, Patrocnínio, Araguari, Coromandel, Lagoa Formosa, Abadia dos Dourados, Romaria, Guimarânia, Estrela do Sul e Uberaba. E no estado de Goiás, na cidade de Cristalina. Seis destas creches comunitárias funcionam em Uberaba, no Triângulo Mineiro, onde 1.000 crianças são atendidas diariamente.
Quando tudo começouMas para chegar a este número de entidades não foi tarefa fácil, já que o desejo de ajudar a humanidade ultrapassaria o continente. “Depois que meu pai faleceu, quando eu estava com 19 anos, me veio uma sentimento de disseminar a bondade. Me tornei missionária e junto com minha irmã conversei com o Papa João 23 para discutir o que deveríamos fazer. Nosso desejo era ajudar as crianças da África, mas o Papa nos orientou que na América também havia lugares que precisavam de ajuda”, lembrou. E durante o percurso de navio para o Brasil que ela se questionou sobre o que poderia ser feito.
Foi em Cristalina, no estado de Goiás, que a primeira creche gratuita se ergueu. A missão continuou por Minas Gerais, em Uberaba. A história da primeira creche comunitária da cidade mineira, Nossa Senhora do Rosário, começou com um terço trazido da terra santa, que foi doado a uma mulher que era bóia fria. “Essa mulher nos apresentou ‘O corredor dos Boiadeiros’ e nos levou a uma casa construída de latas. Quando chegamos confirmamos nosso desejo de fazer uma creche que ajudasse os filhos desses trabalhadores que ficam em contato direto com o lixo”, contou.
Segundo a missionária, com muito esforço e ajuda eles ergueram um salão que se tornou a creche. “Começamos trabalhar a construção da creche sem água, sem luz e sem dinheiro. Conseguimos construir o salão de 15 metros por sete, assim como os mistérios do Santo Rosário”, relatou Pasin.
Todas as instituições sobrevivem de doações e oferecem às crianças reforço escolar, alimentação, higiene pessoal e bucal, atendimento médico e psicológico, aulas de informática,capoeira, artesanato, atividades cênicas e musicais, recreação e atividades esportivas em dois turnos de cinco horas cada um.
A mãe espiritual nunca morre sempre vou interceder pelo meus filhos "
Amália Pasin
Hoje, depois de 30 anos de fundação, Amália Pasin disse que sente gratidão em gestos singelos. "Uma vez quando cheguei ao corredor da casa encontrei uma menina e a perguntei o que ela queria ser quando adulta e ela me respondeu que queria ser bóia fria. Mas depois que ela cresceu repeti a pergunta e ela disse que queria ser professora. Portanto, percebi que nossa caminhada, apesar de difícil, seria bastante gratificante porque começaríamos oferecer novos sonhos paras estas crianças”, relatou a missionária.
Atualmente ele mora em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, onde passa a maior parte do tempo em oração para todas as crianças. “Sou uma mãe espiritual e ela nunca morre. Deus me proporcionou esta missão e com ela continuo onde quer que eu more. Minha irmã faleceu em 2005, mas tenho certeza que ela está no coração de mutias crianças que foram ajudadas por ela. Atualmente, continuamos a oferecer às crianças o cuidado e a educação, que são valores que não podem ser arrancados”, ressaltou Pasin.
No dia 13 de maio creche comemora 30 anos
Amália Pasin em visita a Casa do Menor Coração de Maria (Foto: Mariaurea Machado)
Amália Pasin em visita à Casa do Menor Coração de Maria (Foto: Mariaurea Machado/G1)
 

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