Representantes do Sind-UTE se reuniram como deputado Humberto Carneiro para retomar as negociações com o Estado, mas não houve avanço
Renata Evangelista - Do Portal HD - 20/09/2011 - 16:18
Há 105 dias fora das salas de aula, mais de 10 mil professores da rede estadual decidiram que vão continuar em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada na tarde desta terça-feira (20), durante assembleia da categoria realizada no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no Bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE-MG), cerca de 9 mil professores participaram do movimento. Mas balanço divulgado pelo Batalhão de Trânsito da Polícia Militar revela que 500 manifestantes estiveram no ato. Os professores vão se reunir novamente na próxima terça-feira (27), às 13 horas
Na manhã desta terça-feira, representantes do Sind-UTE se reuniram com o líder do Governo na ALMG, deputado Humberto Carneiro (PSDB), para tentar retomar as negociações entre a categoria e o Governo. No entanto, segundo o sindicato, não houve avanço, já que o parlamentar reforçou a postura do Estado.
Além da greve, dois professores arranjaram outra forma de chamar a atenção da população e do Governo. Dois educadores decidiram iniciar, na tarde de segunda-feira (19), uma greve de fome. Eles continuam acampados na ALMG sem comer, apenas ingerindo água.
Balanço
Segundo a Secretaria da Educação, mais de mil professores já retornaram ao trabalho após o anúncio de contratação de 12 mil professores para substituir os grevistas. Segundo balanço do Estado, até segunda-feira, 11.357 continuavam fora das salas e 473 profissionais foram designados para substituir os educadores que estão parados.
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