Família questiona atitude da polícia durante buscas pelo adolescente.
Mineiro de 14 anos havia viajado a Guarapari com tios e avós.
A família de Gabriel Camargos Parreiras, de 14 anos, reclamou da atitude de policiais durante as buscas pelo adolescente encontrado morto em Guarapari, na madrugada do sábado (9). Gustavo Parreiras, tio do garoto, disse que ao serem procurados pela família de Gabriel para relatar o desaparecimento, os policiais não contaram sobre um corpo encontrado nas proximidades do apartamento da família horas antes. Eles só descobriram um dia depois, quando distribuíam cartazes com o rosto do adolescente. “Foi um descaso”, disse o tio, durante o enterro de Gabriel, na tarde desta segunda-feira (11), no Cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte. O inquérito sobre a morte deve ser concluído em até 30 dias.
 |
O adolescente Gabriel Parreiras foi enterrado nesta segunda-feira (11), em Belo Horizonte. (Foto: Sara Antunes / G1
|
Durante o velório do adolescente, muitos tentavam entender o que aconteceu a ele, encontrado ao lado de um prédio na Praia do Morro, no qual teria entrado por engano e caído pela janela no sábado (9), segundo investigação da Polícia Civil. Ele desapareceu na sexta-feira (8).
No momento do enterro, a família cantou parabéns e deram vivas a Gabriel, que faria 15 anos nos próximos dias.
Morte
Aires Ferreira, tio avô do adolescente, contou que ele saiu na sexta para encontrar com alguns amigos e concordou em voltar para casa até a meia-noite. Às 2h, os parentes perceberam que ele não havia voltado e começaram a procurar em unidades da polícia, Corpo de Bombeiros e hospitais da cidade. De acordo com o tio, os militares se recusaram a registrar a ocorrência de desaparecimento, pois é preciso um prazo de no mínimo 24 horas.
O tio de Gabriel e o pai dele viajaram para Guarapari no sábado (9) em busca de mais notícias. Lá, eles espalharam cartazes com a foto do adolescente, informando sobre o desaparecimento, e foram avisados de que um garoto com as mesmas características havia caído de um prédio durante a madrugada. "Foi quando uma mulher me abordou e disse 'eu sei o que aconteceu', aí ela falou que um menino tinha caído de um prédio e começou a dar características e bateu com tudo que eu tinha dito", disse Gustavo Parreiras.
No local, o pai e o tio encontraram o tênis e a carteira de Gabriel. O edifício tinha uma janela quebrada.
Investigação
De acordo com a polícia, testemunhas informaram que o adolescente aparentava sinais de embriaguez, errou de endereço e caiu de uma janela no corredor do edifício.
Segundo o superintendente de polícia do interior Danilo Baiense, o laudo médico que vai informar se havia ou não álcool no sangue do jovem sairá em 10 dias. O corpo da vítima foi encontrado pela polícia à 1h58, na Avenida Oceânica, próximo ao Hotel Nacional. Os policiais informaram que o jovem estava com uma carteira, sem documentos
Nenhum comentário:
Postar um comentário