Investigação aponta participação de policiais civis e militares no esquema.
Criminosos são procurados no PR, em MG, MS, MT, SP e RO.
A Polícia Federal (PF) realiza uma operação contra organização criminosa que agia na fronteira do país. O grupo é investigado por contrabando, principalmente de cigarros, além de corrupção policial. Até por volta das 8h30 desta quinta-feira (17), ao menos 22 pessoas foram presas, acusadas de participação no esquema.
Batizada de "Operação Láparos", a ação busca desarticular a quadrilha cumprindo 150 mandados de busca e apreensão e 108 ordens de prisão preventiva, das quais 43 em desfavor de policiais. Os mandados são cumpridos em 38 cidades do Paraná, quatro de São Paulo, três do Mato Grosso do Sul, três de Minas Gerais, uma do Mato Grosso e uma de Rondônia.
Segundo a PF, entre os integrantes do grupo estão 13 policiais civis e 29 militares do Paraná e um da Polícia Rodoviária Federal, que receberiam vantagens econômicas para informar sobre as ações da PF contra o contrabando, garantindo ainda a livre circulação de veículos usados pela quadrilha para distribuir cigarros e agrotóxicos contrabandeados.
Todas as ordens foram expedidas pela Justiça Federal em Guaíra e em Umuarama. Segundo a PF, ao longo de 14 meses de investigações foram presas em flagrante 202 pessoas e apreendidos mais de três milhões de pacotes de cigarros contrabandeados do Paraguai; 6,5 toneladas de agrotóxicos da mesma origem; 109 caminhões; 76 automóveis e 13 embarcações.
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