Do G1 MG, com informações do Jornal Hoje
A falta de estrutura na Delegacia Regional de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, é um exemplo da situação precária do sistema prisional em Minas Gerais e no Brasil. A delegacia está sempre lotada e o prédio não tem banheiro. Por causa, disso, uma cena é rotineira na cidade: os presos vão até o bar em frente à cadeia, algemados e escoltados por policiais.
No Alto Paranaíba, também em Minas, outro descaso do poder público. No casarão centenário onde funciona a delegacia do município, os presos ficam algemados em uma corrente.
Já em Carmo da Mata, no Centro-Oeste do estado, os detentos deveriam ficar em uma delegacia onde as paredes foram erguidas há mais de 70 anos com adobe, uma mistura de barro e palha. Pela fragilidade do material, as paredes não ofereciam a segurança necessária. De acordo com a delegada da unidade, apenas os presos que querem cumprir pena são mantidos no prédio.
Rio Grande do Sul e São Paulo
A situação de outras cadeias do Brasil também beira o absurdo. No Rio Grande do Sul, a delegacia de Cidreira enfrenta todo tipo de problema, desde a estrutura do prédio que precisa ser sustentada por escoras metálicas para não cair até a falta de policiais. Perto da localidade, no Balneário de Pinhal, é pouca polícia para todo tipo de crime: ao todo, são apenas quatro policiais.
Já no estado de São Paulo, o fim das carceragens nas delegacias é um processo que começou há 10 anos. Na capital, a passagem dos presos pelas delegacias costuma ser rápida. Mas o problema da superlotação e das más condições acontece agora nos centros de detenção provisória, onde se amontoam presos que ainda não foram julgados.
O governo de Minas Gerais informou que vai contratar delegados até o fim do ano e transformar as delegacias em presídios até 2014. O governo de São Paulo informou que número de presos está diminuindo desde que começou a vigorar a lei que alterou critérios para prisão provisória, pagamento de fiança e várias medidas cautelares.
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