Ex-senadora terá que se filiar a partido até sábado se quiser disputar 2014.
Alfredo Sirkis afirmou que reunião foi 'emocional', mas não houve decisão.
Do G1, em Brasília
Com a rejeição do TSE, Marina, que aparece nas pesquisas eleitorais
como
a segunda colocada na disputa para presidente da República, terá
que se filiar a um partido até este sábado (5) se quiser disputar o
pleito de 2014.
Segundo o deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ), um dos mais próximos aliados
de Marina, a reunião contou com cerca de 50 pessoas, com "graus de
envolvimento diversos", como os deputados do PDT Reguffe (DF) e Miro
Teixeira (RJ) e o deputado Walter Feldman (sem partido-SP).
Sirkis afirmou que muitos dos presentes pediam que Marina se filiasse a
um novo partido para poder disputar as eleições, mas que nenhuma
decisão foi tomada ainda.
"Todos querem que ela seja candidata. Mas a decisão é de foro íntimio
da própria Marina. Ela tem que decidir se quer se filiar ou não", disse o
deputado.
Sirkis afirmou também que a reunião foi "muito emocional", porque
ocorreu logo após a decisão do TSE de rejeitar a criação da Rede. Ele
disse que, por conta das discussões, acabou se "aborrecendo" e deixou o
apartamento antes de o encontro terminar.
A assessoria de Marina informou que no início da tarde desta sexta a
ex-senadora vai dar entrevista coletiva para anunciar sua decisão sobre a
filiação ou não a um novo partido. Antes, o grupo de Marina deve ter
ainda uma nova reunião.
Decisão do TSE
Por 6 votos a 1, o Tribunal Superior Eleitoral decidiu nesta quinta-feira (3) não conceder registro à Rede Sustentabilidade.
O único ministro a votar a favor da criação do partido foi Gilmar
Mendes.
Os outros seis votaram contra (Laurita Vaz, João Otávio de
Noronha, Henrique Neves, Luciana Lóssio e Marco Aurélio Mello e Cármen
Lúcia).
Segundo o TSE, Marina comprovou apoio de 442 mil eleitores em
assinaturas validadas pelos cartórios eleitorais, mas a lei exige 492
mil, o equivalente a 0,5% dos votos dados para os deputados federais nas
últimas eleições.
O tribunal converteu o pedido de criação da legenda em "diligência", o
que permite que Marina apresente mais assinaturas. No entanto, como o
prazo para concessão de registro termina no sábado (5) e até lá não
haverá nova sessão da Corte eleitoral, o partido não poderá participar
da disputa de 2014.
Após o julgamento, ainda no plenário do TSE, Marina Silva se dirigiu
aos apoiadores da Rede: "Ainda somos um partido. Não temos registro, mas
temos o mais importante: temos ética. Vamos ficar mais fortes."
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