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| Rapaz de 32 anos não fala, não anda nem se alimenta sozinho |
A família do ex-pedreiro Ronaldo da Silva, de 32 anos, que, há mais de dois anos, vive em estado vegetativo depois de sofrer um tombo, reclama de que falta assistência no sistema de saúde de Betim, na região metropolitana.
O rapaz, que chegou a passar por uma cirurgia e a ficar internado por um ano no Hospital Regional, teria que ser acompanhado em casa por profissionais do Programa de Saúde da Família da Colônia Santa Izabel, mas, de acordo com familiares, isso não está acontecendo.
"O acompanhamento é esporádico e inadequado para o seu quadro clínico", informa a irmã do paciente, Aline Garcia da Silva.
Ainda de acordo com Aline, o posto da Colônia nem sempre possui os medicamentos e os materiais que a família necessita para cuidar dele. Segunda ela, até fralda está em falta. "Há dois meses, por exemplo, eles estão sem fralda descartável. Por sorte, temos muitas em casa, doadas por amigos. Além disso, sempre faltam gases para curativos e até remédios", garante a irmã.
Segundo a mãe de Silva, Orzenir da Silva, de 51 anos, atualmente ele se alimenta apenas através de sonda. Em função disso, nos últimos meses, ele já emagreceu mais de 40 quilos. Além disso, por falta de exercícios, suas pernas não se movimentam mais e, em seu corpo, há diversas feridas. "Meu filho sempre foi um homem forte e trabalhador, mas o tombo mudou a sua vida. Eu queria poder oferecer mais dignidade a ele, mas nem a fisioterapia que nós tentamos na prefeitura conseguimos", lamenta.
Prefeitura nega
A assessoria de imprensa da prefeitura informou que Silva recebe semanalmente a visita da equipe de médicos e enfermeiros do PSF da Colônia. "A última visita foi na sexta, dia 10, com o acompanhamento dos profissionais no período da manhã e da tarde", informou o órgão, ao ressaltar que não procede a informação de falta de gases, esparadrapos, fraldas e remédio.
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