Perseguições e retaliações contra Cabo PM de Uberlândia serão discutidas pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa

Denúncias de perseguição, assédio moral e violação de direitos humanos praticados contra o Cabo PM Silvano David Ribeiro, lotado em Uberlândia, serão tema de audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, no próximo dia 22, às 9 horas. Requerimento neste sentido foi apresentado nesta quarta-feira (08/08), pelo deputado Sargento Rodrigues.

Após um processo disciplinar cheio de falhas e injustiças, o Cabo Silvano foi excluído da corporação. Com o auxílio jurídico do deputado, conseguiu ser reintegrado judicialmente. As perseguições e retaliações, principalmente por parte do Tenente Coronel PM Wesley Barbosa, comandante do 17º Batalhão, tiveram início quando Silvano decidiu processar o Coronel PM Dilmar Fernandes Crovato, comandante da 9ª Região da Polícia Militar, por danos morais, após publicação de acusações de desvio de conduta, feitas num jornal de Uberlândia.

Mesmo estando dispensado do uso de fardamento e armas pela Junta Central de Saúde (JCS), por estar em tratamento psicológico, o Cabo Silvano foi escalado para trabalhar na intendência e no abastecimento de viaturas, num ato de total incoerência e irresponsabilidade do comando. “Como uma pessoa que está impedida de portar armas, por questões de saúde, pode cuidar de todo o armamento do Batalhão? Mesmo um leigo é capaz de entender que isso põe em risco a vida do próprio militar e do seus companheiros de trabalho”, questiona o deputado.

Consta, ainda, que o Tenente Coronel Wesley determinou que agentes da P2 seguissem o militar e apresentou Comunicação Disciplinar infundada contra ele, em flagrante prática de tortura psicológica em desfavor de Sivano. “Sabemos que o índice de suicídio no meio militar é altíssimo em relação às demais profissões, até mesmo pela natureza das atividades classe, que lida quase que o tempo inteiro com as piores mazelas da sociedade”, ponderou Sargento Rodrigues. Ele lembra que também a tortura psicológica e o assédio moral, práticas constantes nos quartéis, muitas vezes de forma velada, contribuem diretamente para a elevação dessa estatística, o que agrava ainda mais os fatos narrados em relação ao Cabo Silvano.

Para audiência, o deputado requereu a convocação do Tenente Coronel PM Wesley Barbosa, do Cabo PM Silvano David Ribeiro e do Soldado PM Carlos Antônio Macedo. Como convidados, estão a Dra. Nívea Mônica da Silva, Coordenadora da CAODH do Ministério Público, e o Dr. William dos Santos, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MG.

Autor: Sandra Teixeira

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