Eleição 2014

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20/12/2011

Relator decide por arquivamento da denúncia de fraude de votos na ALMG

Suposta irregularidade teria acontecido no dia 30 de novembro.

Arlen Santiago sugeriu nova forma de identificação dos deputados.

Do G1 MG



O deputado Adalclever Lopes (PMDB), escolhido para ser o relator da apuração sobre uma denúncia de fraude em votação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), decidiu pelo arquivamento da denúncia nesta segunda-feira (19). Em reunião de plenário no dia 30 de novembro, alguns políticos da oposição ao governo perceberam que foram computados votos de deputados ligados à base que não estavam presentes na reunião.
De acordo com a assessoria da ALMG, os deputados que não estavam presentes apresentaram uma defesa por escrito dizendo que não teriam passado a senha para outra pessoa para que fosse utilizada. A justificativa foi levada em consideração para o arquivamento do caso.
Entre as pautas votadas no dia 30 de novembro, foi aprovado em 1º turno o projeto de lei que reduz o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do álcool. Segundo a Assembleia, apesar do incidente, as votações foram refeitas com a presença de 44 deputados e não houve prejuízo ao processo legislativo. A casa já emitiu novas senhas para os deputados.
De acordo com a assessoria do órgão, o relator ainda sugeriu, durante a reunião, desta segunda-feira, que seja adotado uma nova forma de identificação dos parlamentares por sistema biométrico, ou seja, identificação pela impressão digital ou pela íris dos olhos. O deputado ainda recomendou que sejam instaladas câmeras para registrar as votações, para caso de possíveis fraudes. O parecer apresentado por Lopes também descarta falhas no painel de votação.
Lopes foi escolhido relator do caso pela Comissão de Ética da casa no dia 13 de dezembro e teve como responsabilidade avaliar as denúncias e dar o parecer sobre o caso. De acordo com a assessoria de imprensa da ALMG, os deputados Alencar da Silveira Jr. (PDT), Rogério Correia (PT) e Sávio Souza Cruz (PMDB) pediram a apuração do episódio.
Deputados comentam voto

No dia 2 de dezembro, o deputado Rogério Correia (PT) disse ao G1 que um colega percebeu que havia votos computados para Arlen Santiago (PTB), Antonio Lerin (PSB) e Juninho Araújo (PTB), que não estariam presentes. Depois que a divergência foi constatada, a votação foi realizada novamente, segundo a assembleia.
Dos três deputados, dois admitiram que não participaram da reunião, Lerin e Araújo. Já a assessoria de Santiago, informou que o político estava presente e votou.
De acordo com a assessoria de Lerin, no dia, ele estava em Uberaba representando a ALMG em uma solenidade da câmara.
Araújo disse ao G1 que espera que o caso seja apurado e que deveria ser feita uma perícia no painel. “Para mim a senha é só minha. Quem tem minha senha, quem digitou? Isso precisa ser apurado”, disse.

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