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07/12/2011

Polícia faz nova ação contra a lavagem de dinheiro no RJ

Segundo a polícia, quadrilha é da mesma facção de Beira-Mar.

Moradores do Alemão são suspeitos de depositar dinheiro do tráfico.

Do G1 RJ, com informações da TV Globo


A Polícia Civil faz nesta quarta-feira (7) uma nova operação para combater a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas do Conjunto de Favelas do Alemão, no Rio. A ação acontece uma semana após a operação Scriptus, que revelou o esquema comandado pela mesma facção criminosa do traficante Fernandinho Beira-Mar.
Segundo as primeiras informações, desta vez o foco da operação é o esquema liderado pelo traficante conhecido como Macarrão, um dos principais distribuidores da maconha e cocaína vendidas no Alemão. Macarrão foi preso em agosto deste ano, em Manguinhos.

 
Cerca de 150 agentes cumprem 24 mandados de busca e apreensão em casas de moradores da comunidade que, segundo a polícia, seriam responsáveis por depositar o dinheiro do tráfico em contas bancárias de empresas sediadas em Belo Horizonte. Quatro mandados de prisão também foram expedidos. As buscas aos suspeitos são feitas no Rio e em Minas Gerais.
Depósito bancário

Segundo a polícia, em dez dias, uma das empresas que integram o esquema recebeu depósitos que totalizaram cerca de R$ 390 mil. As transações bancárias foram feitas em agências de Ramos e Bonsucesso, no subúrbio, próximo à região do Alemão.
Ainda de acordo com os agentes, a quadrilha movimentou, em dez meses, cerca de R$ 80 milhões. Um morador do Alemão chegou a depositar R$ 100 mil em uma única operação bancária.
Investigações

As investigações começaram a partir da apreensão de comprovantes de depósitos bancários e anotações que indicavam a contabilidade do comércio ilegal de drogas em comunidades do município de Maricá, região onde, segundo a polícia, o tráfico era controlado pelo irmão de Macarrão.
Segundo a polícia, já foram decretadas as prisões de sócios e responsáveis financeiros das empresas. Entre eles há um advogado e um despachante. O juízo da 2ª Vara Criminal de Maricá determinou, ainda, o sequestro de saldos e o bloqueio de cerca de 20 contas que compõem o esquema. Cerca de R$ 5 milhões foram bloqueados pela polícia.
No inquérito do Núcleo de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (NUCC-LD), em parceria com a Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) e com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), verificou-se que o dinheiro obtido com a venda de entorpecentes era depositado, de forma fracionada e sucessiva, por moradores do Alemão.
O dinheiro do tráfico era misturado às movimentações mercantis, feito de forma clandestina, para que não fosse percebido pelas agências de segurança.

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