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13/12/2011

Onze PMs e 2 policiais civis são presos por desvio de armas no RJ

Ao todo, 18 pessoas foram presas na Operação Herdeiros.



Segundo a polícia, quadrilha tinha informantes em favelas.


Dezoito pessoas foram presas suspeitas de desviar material apreendido em operações policiais oficiais e clandestinas no Rio. Entre os presos, há onze policiais militares e dois civis. De acordo com o subsecretario de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Rio, Fábio Galvão, informantes serviam de intermediários para o grupo, avisando sobre os locais onde haviam armas e drogas. Assim, os policiais montavam operações falsas para apreender o material e revendê-lo a traficantes.


“A polícia começou a investigar há sete meses. Eles apreendiam o material e vendiam para outros pontos, como Vila Vintém e Pavuna”, afirmou Galvão. Segundo o subsecretário, os traficantes de diversas facções criminosas também entravam em contato com esses policiais para que eles revendessem drogas e armas para diferentes comunidades.
De acordo com Galvão, os policiais deixavam os batalhões da PM em carros oficiais e encontravam-se com agentes que estavam de folga para participar das operações. Outros, segundo ele, pagavam R$ 50 para usar as armas da polícia fora do horário de trabalho.
Segundo o corregedor da PM, Waldir Soares, a conduta dos suspeitos será investigada.
As prisões aconteceram no Rio, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e em São Gonçalo, na Região Metropolitana. A operação contou com a participação de 193 agentes.
Material apreendido

Entre o material apreendido durante a "Operação Herdeiros", há uma metralhadora, pistolas e munições. Além das armas, carteiras falsas de policiais civis também foram encontradas pela polícia. Na casa de um dos policiais militares presos os agentes encontraram R$ 18 mil.
De acordo com Fernando Veloso, subchefe de Polícia Civil, 19 mandados de prisão foram expedidos, e um traficante da Favela do Jacarezinho continua foragido.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (Seseg), o destino principal da material desviado era a Favela do Jacarezinho, no subúrbio, onde a quadrilha agia por intermédio de um ex-militar do Exército.
Ainda segundo a Seseg, durante as investigações, dez pessoas foram presas em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, munição e tráfico de drogas. Entre os presos está um ex-funcionário da Câmara de Vereadores de Niterói, que já foi exonerado do cargo.

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