Eleição 2014

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13/12/2010

QUEM AVISA, AMIGO É...

O governo Sérgio Cabral começou na área da segurança pública dando continuidade à tática do "tiro, porrada e bomba".

O nosso blog avisou que isso não adiantava, o entra e sai não levava a lugar nenhum, as comunidades tinham que receber policiamento ostensivo, após serem retomadas por quem de dever (Forças Armadas), pois os territórios faziam parte do Brasil, mas o Estado Brasileiro não mantinha os monopólios do uso da força, da justiça e da tributação.

Vieram as UPPs como solução, glorificadas pela mídia pautada.

O nosso blog avisou que os traficantes estavam sendo transferidos (ninguém era preso) com suas armas de guerra para outras comunidades. Avisamos também que eles tinham que comer (traficante tem família) e que por falta de vagas nas bocas de fumo, teriam que trabalhar nas ruas.

Vieram os arrastões e os incêndios, o governo resolveu reprimir uma facção criminosa.

O nosso blog avisou que a gestão da segurança pública estava inteiramente perdida e que se fazia necessária a intervenção federal no Rio.

Veio a Guerra do Rio e a intervenção federal "branca" na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão.

No final desse processo, as Forças Armadas acabaram atuando para a recuperação dos territórios, como o nosso blog pregou desde o início.

Quem lê habitualmente o nosso espaço democrático conhece todo esse roteiro, iniciado em setembro de 2007, com a publicação da Carta dos Coronéis Barbonos.

Hoje o Rio vive uma nova realidade em termos de segurança pública com a participação das Forças Armadas, basta não repetir a série de erros que estavam sendo cometidos no governo Sérgio Cabral, para que o futuro (a longo prazo) possa ser promissor.

Penso que podemos construir algo positivo para todo o Estado do Rio de Janeiro e não apenas para a Zona Sul do Rio, como vinha ocorrendo.

Todavia, não podemos esquecer:

1) O Estado (governo) não pode atuar como bandido, cometendo crimes através da violação de direitos constitucionais. O Estado não pode entrar (arrombar), invadir e revistar casas sem autorização dos moradores ou sem o mandado. Não pode deter pessoas sem prisão em flagrante ou sem mandado. O parâmetro do Estado é a legislação.

2) Miliciano também é bandido, não pode dominar território. Não adianta prender os que são facilmente substituíveis, o policiamento ostensivo deve ser implantado nas áreas dominadas pelos milicianos.

3) No Rio, não existe apenas uma facção de traficantes de drogas, portanto, todas devem ser combatidas.

4) Traficante tem família e precisa comer, portanto, não adianta ficar transferindo para regiões onde "um tiro tem menos repercussão que em Copacabana" (Beltrame).

5) Cabe a Polícia Militar o desenvolvimento do policiamento ostensivo, a PMERJ não é um exército de retomada e de ocupação.

6) Cabe a Polícia Civil investigar as infrações penais, evitando a sensação de impunidade hoje existente e não funcionar como uma tropa de assalto uniformizada invadindo comunidades carentes.

7) O BOPE não é a única tropa honesta da PMERJ, além disso, os "mão de macaco" vestem azul e também vestem preto.

8) Sem combater com eficácia as bandas podres das polícias, nunca teremos segurança pública de qualidade.

9) Continuando a pagar salários miseráveis (os piores do país) para os profissionais de segurança pública, nunca teremos segurança pública de qualidade.

10) Enquanto parte significativa da mídia fluminense continuar pautada pelo governo estadual, nunca teremos um estado democrático de direito.

JUNTOS SOMOS FORTES!

PAULO RICARDO PAÚL

PROFESSOR E CORONEL

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