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13/01/2011

FENOMENO RARO E OCUPAÇÃO JA DEIXARAM 287 MORTOS NO RIO

Além do escorregamento de terra, a tragédia foi agravada por um fenômeno chamado de corrida de lama e detritos

Origem: Jornal Hoje Em Dia

A Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro divulgou na manhã desta quinta-feira 913) hoje números atualizados sobre as mortes na região serrana do Estado em razão dos deslizamentos de terra causados pela chuva. Já são 146 mortos em Teresópolis, 34 em Petrópolis e 107 em Nova Friburgo, entre eles três homens do Corpo de Bombeiros. Somado, o número de óbitos chega a 287.

Defesa Civil estadual ainda não tem um balanço, mesmo que parcial, do número de pessoas desabrigadas e desalojadas, uma vez que militares da corporação ainda estão em campo, ajudando os municípios mais afetados a socorrer as vítimas

Geólogoa aafirmam que a catástrofe na região serrana do Rio de Janeiro foi causada por um tipo de deslizamento considerado raro e avassalador. Além do escorregamento de terra, a tragédia foi agravada por um fenômeno chamado de corrida de lama e detritos. É quando uma série de deslizamentos acontece ao mesmo tempo, no mesmo lugar, e tão rápido que praticamente impede que as pessoas se protejam.

Trata-se da maior magnitude de escorregamento de terra possível. "É uma avalanche de poder destrutivo estúpido", explica o geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos, ex-diretor de Planejamento e Gestão do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). "A massa de terra e detritos acaba com o que está pela frente."

Essa avalanche fez com que corpos das vítimas fossem carregados morro abaixo por até 15 quilômetros de distância. "Na verdade, o deslizamento é a massa de solo que desloca. Chove, encharca e desloca", diz Kátia Canil, do Laboratório de Riscos Ambientais do IPT. "A corrida ocorre quando vários deslizamentos se juntam, formam uma massa maior com árvores, terra, água e detritos e destrói o que vem pela frente. É muita velocidade". Esse tipo de fenômeno é considerado incomum porque é necessário uma somatória de fatores, como uma grande quantidade de chuva, um solo já encharcado e instável e declives muito acentuados.

Ainda que tenha um grande poder de destruição, a "corrida" no Rio só causou tantas mortes porque, a exemplo de outras cidades brasileiras, Teresópolis, Nova Friburgo e Petrópolis sofrem com a ocupação desordenada de encostas - por favelas e por loteamentos de classe média e de luxo.

Ainda de acordo com especialistas, o poder público também tem sua parcela de culpa pela tragédia, por não fiscalizar a ocupação do solo. "É bom sempre frisar que a responsabilidade não deve ser creditada a fenômenos como o aquecimento global ou a imprevistos geológicos e pluviométricos. Tudo que tem acontecido está associado à desordenada ocupação urbana de áreas geologicamente inadequadas", diz Santos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nota do cscs - Tragédia no Rio de Janeiro


Prezados companheiros do Rio de Janeiro,

A diretoria do Centro Social dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CSCS PM/BM – MG) está acompanhado os trabalhos dos bombeiros cariocas, nestes dias de chuva e tragédia que marcaram o início do ano de 2011 em Teresópolis, Nova Friburgo e Petropólis, região serrana do Rio de Janeiro. Estamos perplexos diante dos acontecimentos que já causaram a morte de centenas de pessoas, incluindo quatro companheiros de farda (bombeiros) que morreram prestando serviço à população.

Sentimos solidários e comovidos com toda a equipe de bombeiros do Estado carioca, que tem trabalhado com garra e presteza para socorrer a sociedade local. Prestamos nossas condolências aos amigos e famílias das vítimas e nos colocamos à disposição para ajudá-los no que for preciso.

Atenciosamente,

Cabo Coelho

Presidente do CSCS PM/CBM – MG
Tel. (31) 3371 6563

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