Bocas de lobo sujas contribuem para o problema
Os frequentes alagamentos na avenida Tereza Cristina, na altura do bairro Padre Eustáquio, na região Noroeste de Belo Horizonte, geram transtornos para moradores e comerciantes nesta época de chuva. As obras de cobertura do bulevar Arrudas e o alargamento das pistas eram a esperança de melhoria do problema no local, pois uma consequência delas seria a ampliação da rede de drenagem na via. Porém, com a diminuição de 350 metros na intervenção, confirmada pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) e divulgada com exclusividade pelo Super no último sábado, a preocupação ainda ronda a população local.
"A sujeira desce com a água da chuva e acumula nas bocas de lobo. Com qualquer chuvinha, inunda", conta o comerciante José Antônio Costa, de 52 anos, que trabalha no local há 15 anos e já teve a calota do carro arrancada por uma enxurrada na rua Coronel José Benjamin, perpendicular à Tereza Cristina.
O montador de móveis Elisângelo José Nunes, de 34, concorda com Costa e ressalta que a questão não é o transbordamento do ribeirão, mas, sim, o lixo que entope os bueiros e impede a vazão da água. Segundo ele, o trecho que geralmente alaga fica compreendido entre as ruas Coronel José Benjamin e Aquidaban.
Segundo a assessoria da Sudecap, a obra do bulevar Arrudas é para melhorar a mobilidade urbana e não tem a finalidade de conter as chuvas. Contudo, foi feito um trabalho de recuperação e ampliação da drenagem fluvial, que contribui para o escoamento da água.
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