Eleição 2014

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25/10/2014

Pichação na sede da Abril é 'atentado contra a democracia', diz Aécio

Grupo fez protesto contra reportagem da revista 'Veja' desta semana.
Para o tucano, o ato deve 'receber repúdio de todos os brasileiros'.

Nathalie Guimarães Do G1 Zona da Mata
 )Pichação fere democracia, 
diz Aécio (Fábio Motta/Estadão Conteúdo) 
Aécio Neves cumprimenta eleitores ao deixar aeroporto de São João del Rei (Foto: Nathalie Guimarães/G1) 
 
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou neste sábado (25) que as pichações na fachada da sede da Editora Abril, em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, foram um "atentado contra a democracia". O tucano visitou o túmulo do seu avô, o ex-presidente Tancredo Neves, na cidade de São João del Rei, em Minas Gerais. 
 

O prédio onde fica a sede da Abril foi alvo de um ataque na noite desta sexta-feira (24), depois que a revista "Veja" publicou uma reportagem sobre o escândalo da propina na Petrobras.  A revista afirma que o doleiro Alberto Youssef disse, em depoimento à Polícia Federal, que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento de um suposto esquema de corrupção na Petrobras que abasteceria campanhas do PT.  Segundo a revista, o doleiro não apresentou provas.

"Nós assistimos ontem e hoje um atentado contra a democracia, contra a liberdade de expressão [...] Os manifestantes não atingem aquele veículo, atingem o que nós temos de mais valioso que é a liberdade de expressão no Brasil, a liberdade de imprensa. A democracia vive disso: das manifestações. E as contrárias têm que ser respeitadas", disse Aécio.
Para o tucano, o ato em frente à editora "é um atentado que deve receber o repúdio de todos os brasileiros da forma mais veemente possível".

"[Esse ato] deve receber o repúdio, não sei, dos profissionais da imprensa e de todos os cidadãos e cidadãs desse país", concluiu.
O tumulto na sede da editora Abril terminou com três pessoas detidas. De acordo com o boletim de ocorrência registrado no 14º DP, de Pinheiros, por volta das 20h de sexta-feira cerca de 200 pessoas se reuniram em frente ao prédio da editora, com o apoio de um carro de som da União da Juventude Socialista. Eles jogaram muito lixo em frente ao prédio e picharam frases como “Veja mente” e “Fora Veja”. Exemplares da revista foram rasgados. Segundo a Polícia Civil, os detidos foram qualificados por pichação e liberados em seguida. Os suspeitos negaram envolvimento em atos de vandalismo e disseram que apenas participaram do protesto.
Procurada pelo G1, a editora Abril não havia se pronunciado sobre o protesto até a última atualização desta reportagem.

O candidato do PSDB também falou sobre a reta final da campanha no segundo turno. Segundo ele, a eleição deste domingo (5) não decidirá "o futuro de partidos políticos" e sim o de "cada brasileiro, de cada brasileira."

Aécio comentou ainda o tom de ataques entre as duas campanhas durante o processo eleitoral. Para o tucano, "alguns membros da campanha adversária ultrapassaram todos os limites" quando perceberam que "pela primeira vez em 12 anos haveria uma possibilidade real de derrota".

"Tudo tem limites. E alguns membros da campanha adversária ultrapassaram todos os limites. A democracia é o instrumento mais valioso que nós temos para buscar os nossos caminhos, defendermos as nossas propostas mas o pressuposto fundamental é o respeito ao outro lado, às suas propostas diferentes das nossas", afirmou o candidato.
 

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