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25/02/2011

Entidade e policiais protestaram na manhã de hoje (25/02) contra o linchamento público e antecipado do militar que se matou

Confirmada para amanhã (26/02), às 9h, uma carreata saindo do Centro Social dos Cabos e Soldados até o cemitério onde será velado o corpo do policial

A diretoria do Centro Social dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CSCS), unida aos policiais de várias unidades da PMMG, protestou na manhã de hoje (25/02), em frente ao 1º Batalhão da PM em Belo Horizonte, contra o linchamento público e antecipado do militar que comandava a guarnição da ROTAM que atuou no conflito do Aglomerado da Serra, região Centro-Sul da capital mineira. O corpo do policial cabo Fábio de Oliveira, que estava preso no estabelecimento prisional da unidade, foi encontrado por volta de 7h30 pela guarda do quartel. Segundo informações, o policial se matou ao amarrar o cordão do short que usava ao pescoço.

De acordo com o presidente do CSCS, Cabo Coelho, até que se prove o contrário o policial não deveria ter sido massacrado pela opinião pública e autoridades que durante toda esta semana deram declarações na imprensa acusando os militares envolvidos de bandidos, sem ao menos aguardarem as apurações oficiais do caso. “Não podemos permitir que um fato isolado manche a imagem da ROTAM, da nossa Corporação, que possui também homens dignos e honrados, que vestem a farda da PM para defender a segurança pública. As apurações devem ser feitas e somente após o resultado final pode-se haver um julgamento”, disse.

O cunhado do cabo morto, Rogério Magno de Oliveira, também estava em frente ao 1º BPM. Abalado e nervoso, denunciou o tratamento dado ao policial. “Ninguém da família conseguia ter acesso ao Fábio desde o dia que ele foi preso. A família esta indignada com o fato e quer justiça”.

Os policiais seguiram em passeata do 1º BPM até o Batalhão ROTAM, onde prestaram solidariedade aos colegas de trabalho da unidade, pelos serviços prestados à sociedade mineira. Para o policial reformado Wander de Castro, que estava com uma corda no pescoço, simulando a morte do colega de farda, o tratamento dado ao policial deve ser apurado imediatamente pelo ministério público e comissão de direitos humanos. “Não se pode julgar um profissional, sem antes ter informações oficiais das apurações. A pressão que o policial viveu nestes últimos dias, o levou a cometer o suicídio”, ressaltou.

Para amanhã, 26 de fevereiro, às 9h, está confirmada uma carreata dos militares em protesto ao linchamento público e antecipado do policial. A carreata saíra do Centro Social dos Cabos e Soldados até o cemitério onde será enterrado o corpo do cabo Fábio de Oliveira. Até o presente momento o local do enterro não confirmado pelos familiares da vítima. Em breve será divulgado pelo nosso site.

Endereço CSCS: Rua Dom Oscar Romero, 500 – Nova Gameleira.

Texto: Assessoria de Comunicação CSCS

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