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21/01/2011

Polícia de Minas conclui inquérito envolvendo Bola e outros 3 policiais

Indiciados são suspeitos de sequestro e cárcere privado.

Bola está preso acusado de participação na morte de Eliza Samudio.
 
Do G1 MG


A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais divulgou, nesta sexta-feira (21), que a Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito envolvendo três policiais que pertenceram ao Grupo de Resposta Especial (GRE) e o ex-policial civil, Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que vai a júri popular pelo assassinato de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno. De acordo com a comissão, os quatro são indiciados por sequestro e cárcere privado. Os três agentes também são indiciados por peculato, que é o desvio de dinheiro ou bem público no exercício de uma função pública.

Eles não foram indiciados por homicídio, pois no inquérito, segundo a comissão, a falta de materialidade é alegada.

Os três policiais e Santos são suspeitos de sequestrar dois homens que teriam sido torturados e assassinados em um sítio, que o GRE usava como local de treinamento, no município de Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os corpos não foram encontrados.

A denúncia foi feita pela família de um dos desaparecidos que procurou a Comissão de Direitos Humanos em 2009. Os dois homens teriam sumido um ano antes, em 2008.

Segundo a comissão, os três policiais não pertencem mais ao GRE. Eles foram transferidos de função dentro da corporação. A Comissão de Direitos Humanos informou ainda que, no inquérito, não há pedido de prisão contra os indiciados. Não há também solicitação de afastamento da Polícia Civil para nenhum dos três policiais.

Marcos Aparecido dos Santos está preso desde julho de 2010, mas por outro caso. Ele é réu no processo de desaparecimento e morte de Eliza Samudio.

Por meio de nota divulgada à imprensa, a Polícia Civil informou que o inquérito foi concluído no dia 14 de janeiro de 2011 e encaminhado à justiça. Na nota, a polícia informa ainda que a “Corregedoria Geral de Polícia continua trabalhando no caso, analisando as providências a serem adotadas na área administrativa com relação aos envolvidos.”

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