Hélio Costa defende movimento "Helécio"
Origem: Jornal Hoje Em Dia
Dilke Fonseca - Repórter
O candidato a governador, senador Hélio Costa (PMDB), defendeu neste domingo (8) o lançamento do movimento suprapartidário “Helécio” pelo ex-vice-governador Clésio Andrade (PR), presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), de apoio a sua candidatura e a do ex-governador Aécio Neves (PSDB) ao Senado. Costa aproveitou para elogiar o adversário e afirmou que sempre foi amigo de Aécio e é seu admirador. O lançamento do comitê que causou “irritação” em Aécio acontece nesta segunda-feira (9), às 17 horas.
Feliz com o apoio, mas ciente da “reação” do adversário, Hélio Costa preferiu preservar as relações que mantém com o ex-governador. “A gente não pode esquecer durante a campanha o que nós somos nos dias comuns. Eu sou amigo do Aécio. Sempre fui. Não vai ser esta campanha que nos vai separar. Pelo contrário. Eu sou admirador dele. Ele sabe disso. Comecei na política como avô dele (Tancredo Neves)”, lembrou. O candidato acrescentou, inclusive, que todos tinham uma “grande esperança” de que Aécio fosse o candidato a presidente. Até do presidente Lula, contemporizou, Aécio teve a oportunidade de ser o candidato.
Lula estará em Minas na próxima terça-feira (10) em agenda oficial em Divinópolis, na região Centro-oeste, e evento da campanha, na Praça da Estação, em Belo Horizonte, com a candidata a presidente do PT, Dilma Rousseff, ao lado de Hélio Costa e do candidato a vice, o ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias. Ao ser questionado qual indicação a favor de um candidato pesa mais - a de Lula ou de Aécio – Costa saiu pela tangente e rebateu que Lula “ não pesa, sempre alivia”, principalmente, segundo ele, o seu coração.
Costa afirmou que a manifestação de lideranças sobre a união de candidatos que estão em partidos e coligações diferentes não é prevista na lei eleitoral, e, portanto, “não é proibida nem existe nenhuma manifestação a favor”. O candidato defendeu que estas distorções sejam corrigidas com uma reforma eleitoral. Ele disse que como senador chegou a propor que fosse criada uma comissão mista do processo eleitoral permanente para analisar a situação eleitoral sem sucesso. Costa acha que enquanto o Congresso Nacional não assumir esta responsabilidade vão continuar existindo essas dificuldades.
Ao responder as críticas de aliados do principal adversário de que sua campanha estaria investindo na superexposição de Patrus em uma tentativa de escondê-lo, Costa preferiu sorrir e acrescentar “nada a declarar”. A exposição de Patrus e sua gestão no Programa Bolsa Família é estratégia para alavancar a campanha. Costa disse que tem o maior orgulho de ter Patrus ao seu lado como tem certeza de que a recíproca é verdadeira. “Nós fazemos um time. Nós fazemos uma dupla. Nós fazemos uma proposta de quatro braços, quatro pernas, duas cabeças, dois corações. Essa é a diferença. Eu acho que o outro lado é que tem problema”.
Costa passou a manha deste domingo, dia dos pais, andando de bicicleta na Lagoa Seca, no Belvedere, junto com a mulher Ana Catarina e dos filhos Gabriel, de 13 anos, e Daniel, de 16 anos. Ele defendeu a prevenção para o combate à violência que afeta as famílias, aliado ao combate à impunidade com um investimento nos profissionais de segurança pública, civil e militar, com bons salários, treinamento, além de equipamentos adequados.
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