Eleição 2014

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17/08/2010

E AGORA COMANDANTE RENATO?

Passados os efeitos da propaganda que tentou disseminar entre os Policiais Militares, a idéia de que a implantação da carreira jurídica para os Oficiais do QOPM, representou uma valorização de toda a classe, benefícios para a sociedade, em face de uma Polícia mais qualificada, e , que, não houve qualquer prejuízos para os praças, a “ficha começou a cair” . Surgem, então, os seguintes questionamentos:

I – Cresce a desconfiança de que o Comando não possui qualquer estratégia para elevar a remuneração dos Oficiais. Assim, a carreira jurídica, seria uma mera “História de Pirro”, vez que o padrão remuneratório atual não seria atrativo para os Bacharéis de Direito, ingressarem e permanecerem na PM.

II – Por outro lado, os atuais Oficiais, sem valorização salarial, estão caindo na real, pois, na prática, a festejada carreira jurídica ainda, não mudou nada na vida cotidiana, e, tampouco existem perspectivas reais destas mudanças.

III – Noutra vertente, os Oficiais do CHO, que possuem o bacharelado em direito, indagam a razão de terem sido alijados da carreira jurídica, vez que também são Oficiais e possuem a graduação que será exigida para os civis que ingressarem na carreira jurídica.

IV- Cresce entre os Oficiais do CHO, a crença de que, na verdade, os “Oficiais carreira jurídica”, querem fugir das atividades do policiamento, que, em futuro breve, serão destinadas prioritariamente ao CHO, reservando-se para os “Carreira Jurídica” as atividades burocráticas, onde não existe trabalho noturno e em fim de semanas, além da inexistência dos riscos inerentes ao trabalho policial.

V- Os praças que possuem cursos superiores, diversos do direito, querem explicações coerentes, quanto ao impedimento de concorrerem ao Oficialato. Por sua vez, aqueles que possuem o segundo grau, contestam a propaganda institucional de que a carreira jurídica não prejudicou os praças, vez que retirou-lhes, sem qualquer transição, a possibilidade de continuar concorrendo ao Oficialato.

Por último, gostaria de acrescentar que a publicização destas opiniões não possuem o condão de criar cizânias, ou atingir pessoalmente ninguém.

Trata-se, apenas de uma tentativa de contribuir para que os arquitetos da carreira jurídica, encontrem as soluções adequadas para o aprimoramento do projeto que idealizaram, de sorte a minimizar os prejuízos para os policiais da base e garantir que estas medidas representem, de fato, valorização salarial para a classe.

Domingos Sávio de Mendonça

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