Suposta irregularidade teria acontecido no dia 30 de novembro.
Arlen Santiago sugeriu nova forma de identificação dos deputados.
O deputado Adalclever Lopes (PMDB), escolhido para ser o relator da apuração sobre uma denúncia de fraude em votação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), decidiu pelo arquivamento da denúncia nesta segunda-feira (19). Em reunião de plenário no dia 30 de novembro, alguns políticos da oposição ao governo perceberam que foram computados votos de deputados ligados à base que não estavam presentes na reunião.
De acordo com a assessoria da ALMG, os deputados que não estavam presentes apresentaram uma defesa por escrito dizendo que não teriam passado a senha para outra pessoa para que fosse utilizada. A justificativa foi levada em consideração para o arquivamento do caso.
Entre as pautas votadas no dia 30 de novembro, foi aprovado em 1º turno o projeto de lei que reduz o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do álcool. Segundo a Assembleia, apesar do incidente, as votações foram refeitas com a presença de 44 deputados e não houve prejuízo ao processo legislativo. A casa já emitiu novas senhas para os deputados.
De acordo com a assessoria do órgão, o relator ainda sugeriu, durante a reunião, desta segunda-feira, que seja adotado uma nova forma de identificação dos parlamentares por sistema biométrico, ou seja, identificação pela impressão digital ou pela íris dos olhos. O deputado ainda recomendou que sejam instaladas câmeras para registrar as votações, para caso de possíveis fraudes. O parecer apresentado por Lopes também descarta falhas no painel de votação.
Lopes foi escolhido relator do caso pela Comissão de Ética da casa no dia 13 de dezembro e teve como responsabilidade avaliar as denúncias e dar o parecer sobre o caso. De acordo com a assessoria de imprensa da ALMG, os deputados Alencar da Silveira Jr. (PDT), Rogério Correia (PT) e Sávio Souza Cruz (PMDB) pediram a apuração do episódio.
Deputados comentam voto
No dia 2 de dezembro, o deputado Rogério Correia (PT) disse ao G1 que um colega percebeu que havia votos computados para Arlen Santiago (PTB), Antonio Lerin (PSB) e Juninho Araújo (PTB), que não estariam presentes. Depois que a divergência foi constatada, a votação foi realizada novamente, segundo a assembleia.
Dos três deputados, dois admitiram que não participaram da reunião, Lerin e Araújo. Já a assessoria de Santiago, informou que o político estava presente e votou.
De acordo com a assessoria de Lerin, no dia, ele estava em Uberaba representando a ALMG em uma solenidade da câmara.
Araújo disse ao G1 que espera que o caso seja apurado e que deveria ser feita uma perícia no painel. “Para mim a senha é só minha. Quem tem minha senha, quem digitou? Isso precisa ser apurado”, disse.
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