Publicado no Super Notícia
Antes de prestar depoimento, atacante disse que estava no banco do carona e acusa vítima de ter agido de "má fé"
O atacante Adriano negou ontem ter dado um tiro acidental em Adriene Cirylo Pinto, na madrugada do último sábado, na saída de uma boate na zona Oeste do Rio. A jovem de 20 anos foi atingida na mão esquerda quando estava dentro do carro do jogador do Corinthians e o acusa de ter sido o responsável pelo disparo.
No momento do tiro acidental, havia seis pessoas no carro: a vítima, o jogador, outras três mulheres e o tenente da reserva da PM Julio Cesar Barros de Oliveira - este último é o dono da arma. "Quando acontecem as coisas com Adriano, aumentam muito. Quero olhar nos olhos dela e perguntar se eu fui o autor do disparo", disse o atacante do Corinthians, durante a sua primeira entrevista sobre o caso, antes de depor na 16ª Delegacia de Polícia, no Rio.
Na entrevista, Adriano disse também que estava no carro com o tenente e duas amigas, quando um conhecido pediu que eles dessem carona a outras duas mulheres - uma delas seria Adriene. "Nunca tinha conversado com ela, só a tinha visto dançando num camarote", contou o jogador. "Foi má fé dela em fazer a acusação. Eu até tirei a camisa, enrolei a mão ferida e a ajudei a ser colocada em outro carro para que fosse levada ao hospital", concluiu.
Adriano reforçou que estava no banco do carona, ao lado do motorista (o tenente Julio Cesar Barros de Oliveira), no instante em que houve o disparo. Com exceção da vítima, todos os outros ocupantes do carro confirmam essa versão do jogador, sendo que a perícia feita pela Polícia Civil já concluiu que o tiro foi dado por alguém que ocupava o banco de trás do veículo.
De acordo com o delegado, acareações entre Adriene e os envolvidos no caso, principalmente Adriano, devem ser feitas na quarta-feira. Ele recebeu informações de que a jovem baleada, que deve ter alta do hospital durante o dia de hoje. Com informações da Agência Estado.
Punição
Se a versão de Adriene for verdadeira, o jogador responderá pelos crimes de lesão corporal e fraude processual (pena de até 5 anos de detenção). Mas se for comprovada que a mentira partiu da vítima do tiro, ela será denunciada por crime de denunciação caluniosa, que prevê pena de até 8 anos.
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