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22/04/2012

Faxineiro acusa PMs de ação desastrosa

Faxineiro acusa PMs de ação desastrosaHomem de 39 anos teve a casa arrombada no meio da noite por quatro policiais, que procuravam por um foragido RAPHAEL RAMOS  Publicado no Super Notícia

Segundo o dono da casa, policiais reviraram toda a residência dele  Portas arrombadas, vidros quebrados, armários destruídos e objetos espalhados por todos os lados. O cenário, que parece de um arrastão, teria sido deixado por policiais militares durante uma operação desastrosa, na noite de anteontem. Essa é a acusação feita por um faxineiro de 39 anos.

O homem, que prefere não ser identificado com medo de represálias, afirma que a casa onde mora com a mulher e a filha, de 16 anos, no bairro Miramar, na região do Barreiro, foi invadida por quatro policiais que estariam à procura de um outro homem envolvido com o tráfico de drogas em fuga.

De acordo com o faxineiro, os quatro militares estavam uniformizados, sendo que um deles estava identificado através da tarjeta como cabo e, o outro, como soldado. No entanto, nenhum dos quatro estaria utilizando a tarja com o nome. O batalhão no qual os PMs são lotados também não foi identificado.

Uma testemunha, que estava em um bar na esquina da casa invadida, juntamente com outras quatro pessoas, contou à reportagem do jornal Super Notícia que os policiais pararam duas viaturas (Blazer) na rua. À pé, quatro deles seguiram até a porta da casa do faxineiro. Durante 30 minutos, eles bateram no portão. Como não foram atendidos, invadiram o imóvel. "Na hora, eu até estranhei, mas preferi ficar quieto. A gente nunca sabe o que é", afirmou a testemunha.

Abordagem
O faxineiro contou que ele, a mulher e a filha dormiam na hora da invasão. "Vi luzes de lanternas na casa. Abri a janela do meu quarto que dá para ver todo o terreno e um dos policiais já colocou a arma na minha cabeça e gritou: ‘Polícia, polícia. Cadê o cara que correu da gente armado?’", lembrou.

De acordo com a vítima, durante 30 minutos, a família ficou em pânico. Sob a ameaça dos policiais, que não chegaram a agredi-los, todos foram obrigados a levantar e ficar em um cômodo da casa. O faxineiro disse que os militares vasculharam toda o imóvel. Mexeram em armários jogaram roupas e objetos no chão.

"Como não acharam o tal homem, eles mudaram de conversa. Começaram a perguntar por armas e drogas. Mas acabaram indo embora", disse.

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