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31/10/2010

Sargento é baleado pela mulher PM

Casal estava em um restaurante de BH quando se desentendeu; a policial tirou arma da bolsa e atirou no companheiro

O cenário de uma briga entre um casal foi uma churrascaria, no bairro Nazaré, na região Nordeste de Belo Horizonte. Assim como grande parte dos crimes passionais, a confusão, na madrugada de ontem, não terminou bem. Desta vez, os protagonistas da discussão - que pode ter sido motivada por ciúmes - foram policiais militares.

O sargento Jerônimo Lemes Barros, de 38 anos, foi baleado pela também sargento, identificada apenas como Andrea. A mulher teria disparado seis tiros, três deles acertaram o policial no ombro, no joelho e na coxa. O PM está internado no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em estado grave. Andrea fugiu e, até o fechamento desta edição, ainda não havia sido localizada.

As câmeras de vigilância da churrascaria, que fica às margens da BR-381, teriam registrado o crime.

A irmã do sargento Barros, a técnica em enfermagem L.L.S., contou que ele foi ao restaurante acompanhado da namorada e também de um amigo. Ambos estavam de folga. Por volta das 4h30, o casal discutiu. Ainda segundo L., a militar teria pegado a arma na bolsa e disparado seis vezes contra o sargento. "Não sei o que motivou. Sei que ele foi atingido a queima-roupa. A arma dele estava no carro", revelou.

Conforme L., o casal começou a namorar há seis meses e há três morava junto. Os dois se conheceram na corporação. Ambos, segunda a PM , trabalham em setores administrativos.

A irmã de Barros contou ainda que os dois seriam lotados no 5° Batalhão, na avenida Amazonas, região Oeste da capital. No entanto, um militar do 5º BPM informou que os dois sargentos trabalham no local, mas em diretorias da polícia que formam o complexo Gameleira.

L. não quis apontar o que teria sido o motivo da briga. No entanto, ela disse que a cunhada tinha uma personalidade forte e era muito possessiva. "Ele não podia sair sozinho que ela não gostava". Apesar disso, L. jamais acreditou que o relacionamento pudesse chegar na situação que chegou. "Ele é muito tranquilo. Nunca suspeitei de nada, até porque, se tivesse percebido algo, tinha falado para ele sair fora, terminar", afirmou.

Risco

Um das balas atingiu a artéria femoral do sargento Barros, situada na coxa e provocou um sangramento intenso. Na manhã de ontem, o militar passou por uma cirurgia e a bala foi retirada. Segundo o hospital, ele permanece em estado grave. Em nota, a assessoria de comunicação da Polícia Militar informou que está apurando, através de Inquérito Policial Militar, as circunstâncias do fato.

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