Lima afirmou que vai entrar com os primeiros recursos para derrubar a condenação, chamados embargos infringentes, assim que for publicado o acórdão. O advogado não estava nesta segunda-feira em Brasília para acompanhar os trabalhos do STF, já que a sessão que decidiria sobre a pena de Dirceu não estava prevista para esta segunda-feira. "Respeito a decisão do Supremo, mas o fato de respeitar não quer dizer que concorde com ela. Ele não está satisfeito. Tanto o ex-ministro José Dirceu como a defesa não estão satisfeitos. Foi exatamente essa colocação que fiz no diálogo com ele", afirmou.
Os primeiros embargos vão tentar derrubar a condenação por formação de quadrilha, em que houve seis votos pela condenação e outros quatro pela absolvição do ex-ministro. Depois, a defesa pretende entrar com embargos declaratórios. "José Dirceu é um homem forte, que sempre lutou e continuará lutando por seus direitos", declarou Lima.
Na interpretação do advogado, o STF "não seguiu a jurisprudência da Corte, pois aumentou a pena muito acima do mínimo".
A defesa de Dirceu vai continuar sustentando que o STF não examinou as provas colhidas no decorrer do processos, que para o advogado inocentam Dirceu. "O próprio Ministério Público disse a toda imprensa que as provas eram tênues", afirmou.
Em último caso, segundo Lima, a defesa pode recorrer até mesmo à Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).
O advogado preferiu não comentar os prazos para o acórdão e o julgamento final dos recursos. "Não trabalho com datas."
Apesar do risco da prisão de Dirceu, o advogado afirmou que não está buscando avaliar um estabelecimento prisional em que o ex-ministro poderia cumprir a pena
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