Eleição 2014

Eleição 2014

25/05/2011

Que não se enganem os presidentes de entidades, governo e comando, há líderes que nunca se calam.

Com o anúncio de um provável acampamento na cidade administrativa, como proposta de reação ao governo, caso não se cumpra ou não se estabeleça uma negociação salarial transparente, que tenha como pilar fundamental a instituição do piso salarial de R$4.000,00 e do abano compensatório para os militares inativos, resolvemos traçar com base no perfil atual das entidades e suas respectivas diretorias.


Esta avaliação se faz importante, pois a conjuntura política e associativa atual nos aponta que não há disposição e coragem de algumas entidades e seus presidentes em aumentar a pressão sobre o governo, e será neste momento crucial que sabermos com quais poderemos contar quando formos obrigados a adotar medidas e estratégias firmes e que possam surtir efeito para que o governo a assuma sua responsabilidade na valorização dos policiais e bombeiros militares, e implemente imediatamente uma política salarial como pressuposto da melhoria dos indicadores de criminalidade e recompensa pelo sucesso alcançado pelos policiais e bombeiros militares e alardeado pelo governo.


Os policiais e bombeiros militares de Minas Gerais, e que também não se enganem os presidentes de entidades, comando e governo, sabem e tem convicção de que a união entre as entidades, é somente circunstancial e por força da pressão exercida desde o fracassado ensaio do movimento iniciado às vésperas das eleições passadas, que não teve outro objetivo a não ser garantir visibilidade para alguns candidatos, que tiveram - pasmem! - até o apoio do comando geral da instituição, seguindo fielmente orientação de governo. que segundo as más línguas teria também repassado recursos financeiros para seus aliados.


Há oficialmente no processo de negociação e organização do movimento, as seguintes entidades e parlamentares, CSCS, ASCOBOM, UMMG, COPM, AOPMBM, ASPRA, e o vereador Cb Júlio e Deputado Sgt Rodrigues, dentre estes interlocutores, vimos por duas vezes os direitos associativos serem desrespeitados e violados pela entidade anfitriã da assembléia, reputa-se a titularidade do desrespeito à responsabilidade do COPM, pois é também a entidade que sedia e preside às assembleias gerais.


O que testemunhamos, para os praças mais velhos não é novidade, mas para o mais novos e jovens na carreira, tal conduta foi uma demonstração clara de despreparo para discussões coletivas de interesse de praças e oficiais, é como se estivéssemos num quartel sob o comando do presidente do COPM assessorado por sua diretoria, e este mal exemplo repetido nas duas últimas assembleias e gravado na memória dos presentes, reforça a crença do verdadeiro tratamento que é dedicado aos praças.


A tudo isto, acrescente-se que a diretoria atual do COPM, compõe-se outros coronéis, que não gozam de credibilidade e respeito da tropa, desnecessário portanto, declinar nomes, pois são muito conhecidos pelos atos covardes, arbitrários e ilegais que praticaram contra os praças participantes do movimento 1997, tudo para demonstrar lealdade ao governo, e talvez ser aquinhoado com algum cargo no governo ou na alta cúpula da instituição, mas felizmente depois que o ex-governador Eduardo Azeredo despertou, adotou a medida mais acertada que foi a exoneração de todo alto comando da Polícia Militar.


A AOPMBM entidade criada por um grupo de oficiais conscientes e também indignados com o tratamento também dispensado aos oficiais e da degradação nas relações com os praças, que quase sempre se sustentava no discurso da hierarquia e disciplina, o que histórica e recorrentemente alimenta e mantém o apartheid hierarquico, entre oficiais e praças, fincou sua bandeira de luta com fundamentos em princípios como: ética, honra, dignidade, lealdade e outros, os quais já nem aparecem mais no site.


Na última eleição, a disputa foi apertada, mas segundo fontes oficiais, a chapa vencedora e atual diretoria, foi constituída sob a batuta e orientação do comando, denominada chapa branca por adversário e até aliados, e o comando mais uma vez trabalhou e exerceu influência sobre muitos oficiais, que perseguem a promoção não como um fim em si mesmo e não como meio para sua ascensão na carreira, e isto provocou a redução da força e poder dos associados na luta por valorização profissional, dignidade e cidadania, e também como fator integrador entre oficiais e praças.


A ASPRA que construiu sua história na luta em defesa dos praças policiais e bombeiros militares, e também de muitos oficiais, sofreu um longo processo de transformação, que se respeitado a elevaria a condição de referência política na representação dos interesses dos policiais e bombeiros militares.


Mas como toda entidade sujeita-se a intempérie política, em que muitas vezes certos interesses predominam mais do que os que realmente deveriam ser prioridade e figurar em sua agenda de lutas e reivindicações, e como membro nato do movimento reivindicatório, está deixando muito a desejar, mas esperámos e acreditamos que na hora certa, seu presidente a atual diretoria tome as rédeas das ações e pelo menos não compactuem com a omissão de outras entidades e outros aliados do governo, sob pena de tornar-se também persona non grata entre praças e oficiais, que acreditam em sua força e sua tradição de luta.


A UMMG sempre foi e continuará sendo um espécie de quartel dos reformados, e mesmo tendo mudado sua denominação, ainda prevalece a lógica do "militarismo obscurantista", em que: manda quem pode e obedece quem tem juízo, e os praças seus associados, não são sujeitos de direito, nem no mais elementar direito de voto, já que seu estatuto dispõe que o cargo de presidente, somente pode concorrer os coronéis, e mesmo havendo previsão de cargos na diretoria, estes também são exclusividade de coronéis, sobrando ao final para os praças que são convidados a participar da diretoria, os de menor importância e sem nenhum poder de decisão.


Para concluir e demonstrar que não há mais praças e oficiais bobos, e que poderiam se deixar levar por belos discursos e falsas promessas, dentre as entidades que traçamos o perfil é notório o discurso vacilante, que se não houver um alinhamento de posicionamento, discurso e coesão nas ações, ao final do anúncio do governo, que está marcado para hoje, os policiais e bombeiros militares poderão contar para o confronto e enfrentamento com o governo, se mais ninguém abandonar o barco e mudar de lado, apenas com o CSCS, entidade genuinamente da base, a ASCOBOM, com seu poder de fogo e um estratégista de escol, Ten Cel Mendonça seu assessor, e com o vereador Cb Júlio, este o verdadeiro líder que nunca se calou, com ou sem mandato, e neste os policiais e bombeiros militares podem depositar sua confiança.


E não podemos também esquecer que o deputado Sgt Rodrigues, aliado do governo terá em suas mãos uma difícil decisão, a de escolher de que lado ficar, se dos policiais e bombeiros militares ou de permanecer na base de apoio ao governo, mesmo porque já fazem exatos nove anos que escolheu servir o governo, ao invés de estar ao lado na luta e defesa de sua classe e da segurança pública, clamor maior de todo cidadão de Minas Gerais.

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